A Justiça do Rio Grande do
Sul condenou a mais de 18 anos de prisão o humorista Cristiano Pereira por
estupro de vulnerável. Segundo apuração da CNN, à época do crime, a
criança tinha 4 anos de idade.
Na decisão — que aconteceu
durante julgamento na 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do estado, na
última quinta-feira (25) — Cristiano foi condenado a 18 anos, 4 meses e 15 dias
de prisão em regime fechado pelo crime. O caso segue em segredo de justiça.
Cris, também conhecido como
"O Jorge da Borracharia", faz participação no programa "A Praça
é Nossa", do SBT, e acumula mais de 95 mil seguidores nas redes sociais,
onde publica sobre a carreira e cortes de sua participação no programa de
humor.
Em nota, Aline Rübenich, advogada
que representa família da vítima, se manifestou nas redes sociais e afirmou que
Cristiano teria tentado responsabilizar a mãe da criança pelo crime de alienação parental.
Quem é Cris Pereira, humorista condenado por estupro de
vulnerável
Leia a nota na íntegra:
"Humorista integrante do
programa A Praça é Nossa (SBT) foi condenado pela 7ª Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a 18 anos, 4 meses e 15 dias de prisão
em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável.
A decisão unânime escancara a
gravidade de um caso emblemático de violência sexual já julgados no Estado e
marca uma resposta contundente da Justiça contra crimes cometidos contra
crianças e adolescentes.
Paralelamente ao processo
criminal, o condenado buscou judicialmente imputar alienação parental à mãe da
vítima, em uma tentativa evidente de silenciá-la diante das denúncias. Esse
expediente, infelizmente, é recorrente em casos de violência, onde mulheres e
mães são perseguidas judicialmente para que a verdade não venha à tona.
Repudiamos com veemência
qualquer tentativa de relativizar, estigmatizar ou culpabilizar a vítima, bem
como o uso distorcido de ações judiciais como forma de intimidação.
Reafirmamos: a vida só começa quando a violência termina.
A decisão judicial é um passo
decisivo para que não existam próximas vítimas. E um lembrete urgente: o
silêncio só protege agressores."
Cristiano também se manifestou
nas redes sociais, onde publicou uma nota do advogado que o representa no
caso. Confira o esclarecimento na íntegra:
"Em razão de recentes
informações veiculadas na imprensa sobre o respeitado artista Cris Pereira, a
respeito de processo que tramita sob segredo de justiça, cumpre esclarecer: O
Sr. Cristiano Pereira foi ABSOLVIDO em primeiro grau, ocasião em que a sentença
reconheceu a ausência de provas quanto à existência do fato ou mesmo de
autoria, inocentando ele.
Todos os laudospericiais
oficiais produzidos pelos peritos do Departamento Médico Legal do RS,
confirmaram a inexistência do fato, tendo, inclusive, o delegado responsável à
época, além de não indiciar, foi testemunha de defesa, firmando convicção
técnica e jurídica de que não houve nenhum fato. Irresignada, a ex-namorada
contratou advogado particular para recorrer da sentença que absolveu e
inocentou Cristiano
No julgamento em segundo grau,
contudo, houve decisão que contrariou as provas periciais produzidas em juízo,
conferindo peso a atestados particulares apresentados pela assistência da
acusação, documentos estes produzidos unilateralmente, sem a observância do
contraditório e da ampla defesa. Importa ressaltar que, até o presente momento,
não houve acesso ao inteiro teor do acórdão, que ainda não foi publicado com a
decisão oficial do TJ-RS, estando as informações limitadas ao que foi divulgado
durante a sessão de julgamento, cujo processo corre em segredo de justiça.
Diante desse cenário, serão
adotadas as medidas judiciais cabíveis perante as instâncias superiores, com a
firme convicção de que a verdadeira justiça prevalecerá, e manterá a absolvição
decretada pelo juízo de primeiro grau a Cristiano Pereira. Destaca-se que, nos
termos da Constituição Federal, deve permanecer íntegro o princípio da
presunção de inocência até o trânsito em julgado, o que ainda não ocorreu.
Mantemos plena confiança no
reconhecimento do equívoco de julgamento no TJ-RS, visto que nenhuma das provas
efetivamente produzidas sob o crivo do contraditório e da ampla defesa — e
analisadas na sentença absolutória de primeiro grau - foi devidamente apreciada
no julgamento de segunda instância. Temos plena convicção da inocência de
Cristiano Pereira, e confiamos no Poder Judiciário."
Procurado, o SBT (Sistema
Brasileiro de Televisão) afirmou que não foi "notificado e nem informado a
respeito dessa possível ação."
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