Para fugir da condenação por
homicídio e exercício ilegal da medicina, Fernando
Henrique Guerrero – também identificado como Fernando Henrique Dardis
– teria desembolsado ao menos R$ 5 mil para conseguir o corpo de um indigente a
ser usado no falso enterro que arquitetou para si mesmo, em Guarulhos, na Grande
São Paulo. A farsa foi possível, segundo investigação da Polícia Civil, com o provável auxílio de servidores
públicos do município.
As apurações conduzidas pelo
Ministério Público de Sorocaba, com auxílio da Polícia Civil e do Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado à Promotoria
paulista (MPSP), apontam
que agentes da Prefeitura
de Guarulhos, especialmente vinculados ao serviço funerário e ao setor de
controle de óbitos, teriam participado da liberação irregular desse corpo.
Documentos do processo indicam
que valores entre R$ 3 mil e R$ 8 mil foram negociados para viabilizar o
esquema, mas a Polícia Civil chegou a registrar o valor de R$ 5 mil em
relatório parcial como pagamento efetuado para o desvio do cadáver.
Segundo manifestação do MPSP,
funcionários do Serviço Funerário Municipal e da Secretaria da Saúde de
Guarulhos teriam sido acionados para “liberação de corpo não reclamado”.
“Funcionários […] teriam
participado da liberação de um corpo não reclamado, mediante pagamento
indevido, para que fosse utilizado na simulação do enterro de Fernando Henrique
Guerrero. Há indícios de que a operação envolveu a supressão de registros do sistema
de controle de óbitos e a expedição de certidão ideologicamente falsa”, diz
trecho do processo.
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