O Ministério Público do Rio de
Janeiro (MPRJ) revelou, em denúncia do GAECO, detalhes de episódios de tortura
praticados pelo Comando Vermelho (CV) contra comparsas e moradores das
comunidades dominadas pela facção. O grupo é chefiado por Edgar Alves Andrade,
o Doca, ainda foragido após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha.
Segundo o MP, as punições eram
orientadas e executadas por Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, apontado
como gerente do tráfico na Gardênia Azul e líder do grupo de matadores
conhecido como Equipe Sombra. Ele teria autonomia para ordenar execuções e
aplicar castigos em nome da facção.
Em um caso, um homem algemado e
amordaçado foi arrastado por um carro enquanto implorava por perdão e citava o
nome de BMW. O traficante, segundo a denúncia, zombava da vítima durante a
tortura e só interrompeu o ato quando percebeu que o homem havia desmaiado.
A denúncia também inclui imagens
fortes, entre elas a de uma mulher submersa em uma banheira de gelo, descrita
como “brigona que gosta de confusão no baile”. Segundo o MP, a legenda indica
que a punição seria uma “forma mais leve” de castigo, já que “não queriam bater
em morador”.
O MPRJ também cita Carlos Costa
Neves, o Gadernal, como cúmplice. Ele teria participado por chamada de vídeo,
enquanto BMW exibia o homem sendo torturado e ordenava que ele “falasse para o
chefe”, evidenciando a hierarquia e o envolvimento direto dos líderes do CV nas
punições violentas. Com informações de O Globo
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