Médica do serviço público, a
senadora Zenaide Maia (PSD-RN) reforçou, em iniciativas no Senado, a campanha
nacional do Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização sobre a prevenção do
câncer de mama, a maior causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras.
Em pronunciamento no Plenário na
quarta-feira (1º), a parlamentar afirmou que o Brasil registra, em média, mais
de 73 mil novos casos desse tipo de doença por ano e que, apesar de o Sistema
Único de Saúde (SUS) ter realizado cerca de 4 milhões de mamografias em 2024,
muitas mulheres, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, permanecem sem
atendimento adequado.
“Dados oficiais apontam que quase
um quarto das mulheres brasileiras, entre 50 e 69 anos, nunca fez uma
mamografia. Isso significa que milhares de vidas correm risco
desnecessariamente pela falta de acesso a um exame. Não basta iluminar
monumentos de rosa ou distribuir laços. É preciso garantir orçamento público
destinado à saúde da mulher, fortalecer a rede de atenção oncológica,
descentralizar equipamentos para o interior, reduzir os prazos entre
diagnóstico e tratamento e investir em campanhas educativas que alcancem todas
as comunidades”, assinalou Zenaide.
Com repercussão nacional no
jornal O Estado de São Paulo, a senadora também abriu no Senado mais uma
iniciativa da Recomeçar – Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília.
Trata-se da a exposição “A Jornada”, concebida num esforço de informação e visibilidade
sobre a luta de pacientes com câncer de mama, promovido por mulheres que
venceram ou tratam a doença e hoje militam em defesa da saúde.
“Tive a honra de abrir a
exposição A Jornada, que conta histórias de mulheres que enfrentaram e venceram
o câncer de mama, além daquelas que seguem firmes no tratamento. São relatos de
força, coragem e superação que inspiram todas nós, vindos do esporte, do
jornalismo e da sociedade civil. Cada história é um lembrete de que prevenção
salva vidas e que nunca estamos sozinhas nessa luta”, frisou a senadora.
Tratamento
Ainda conforme a senadora, na
prática, o tempo médio entre a detecção da doença e o início do tratamento
gratuito pelo SUS pode ultrapassar 140 dias, prazo muito superior ao
estabelecido pela lei, que determina o início em até 30 dias. Ela enfatizou que
cada dia perdido aumenta o risco de complicações e reduz as chances de cura.
“O Outubro Rosa é um chamado à
vida, não é apenas uma campanha simbólica de importância para o combate ao
câncer de mama no país. E hoje nós podemos afirmar: câncer de mama não é uma
sentença de morte quando existe informação, diagnóstico precoce e tratamento
sem demora, mas a realidade ainda é muito dura. O câncer de mama é,
infelizmente, a maior causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras,
mas, diagnosticado cedo, tem mais de 90% de chance de cura”, destacou a
senadora.
Além de reforçar a necessidade de
uma mensagem de cuidado e esperança sobre a cura e pedir que as mulheres
procurem o posto de saúde mais próximo para fazer o exame de mama, Zenaide
cobrou a ampliação do acesso a exames de prevenção e tratamento também contra o
câncer do colo do útero.
“O câncer de colo do útero também
segue entre os que mais matam, atingindo com mais frequência mulheres pobres,
pretas e do interior, justamente as que enfrentam mais dificuldades para ter
acesso a exames preventivos”, alertou a parlamentar.
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