Uma reportagem exibida pelo
Fantástico, da TV Globo nesse domingo (5/10), revelou detalhes sobre um esquema
de rifas e sorteios ilegais que movimentou mais de R$ 33 milhões
em Maceió (AL).
No centro das investigações
estão Kel
Ferreti, ex-policial militar e autointitulado “empreendedor digital”, e
os influenciadores Laís Oliveira e Eduardo
Veloso, que juntos somam mais de 7 milhões de seguidores nas redes
sociais.
Kel Ferreti apontado como líder
do esquema
Segundo o jornalístico, o grupo
utilizava rifas e jogos de azar para aplicar golpes em milhares de pessoas. À
frente do esquema, Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti,
de 40 anos, ostentava um estilo de vida de luxo — com carros importados,
viagens internacionais e imóveis de alto padrão — que, de acordo com o
Ministério Público de Alagoas (MP-AL), seria sustentado por atividades
ilícitas.
De acordo com as investigações, a
organização comandada por Ferreti manipulava resultados de sorteios e rifas
online. “O que não é legalizado, por exemplo, ainda continuam apostas em bets
chinesas, bets coreanas. Este tipo de jogo não há nenhum tipo de controle”,
afirmou Cyro Blatter, promotor e coordenador do Gaesf, ao Fantástico.
Laís Oliveira apontada como
peça-chave
A influenciadora Laís Oliveira,
que possui mais de cinco milhões de seguidores, foi apontada como uma das
principais peças do grupo, atuando além da simples divulgação dos sorteios.
Entre janeiro e abril de 2024,
ela teria recebido quase R$ 1 milhão de uma empresa ligada a Kel Ferreti. Seu
marido, Eduardo Veloso, também influenciador, teria faturado cerca de R$ 456
mil no mesmo período.
Em dezembro do ano passado, Laís
e Eduardo foram presos em Fortaleza, durante a Operação Trapaça, deflagrada
pelo Ministério Público. O casal foi liberado dias depois.
Em nota, a defesa declarou que os
dois “atuam como influenciadores digitais” e que sua participação “se
restringiu à prestação de serviços de publicidade”, negando acesso aos áudios
citados na investigação
Ferreti acusado de mais crimes
No mesmo mês, Ferreti também foi
preso em Maceió, onde os agentes apreenderam joias, celulares e R$ 20 mil em
espécie. A operação expôs ainda o histórico criminal do ex-PM, que havia sido
expulso da corporação em 2023 após violar a lei eleitoral ao divulgar o próprio
voto nas redes sociais.
Além disso, o influenciador foi
condenado por estupro em duas instâncias — o crime teria ocorrido em junho do
ano passado contra uma das vítimas do esquema de rifas. Inicialmente condenado
a dez anos de prisão, Ferreti teve a pena reduzida para oito e passou a cumprir
o restante em regime domiciliar, com tornozeleira eletrônica.
Hoje, o ex-policial está
autorizado a circular livremente por bares, restaurantes e praias de Maceió,
devendo apenas manter distância de 500 metros da vítima.
Em nota, a defesa de Kel Ferreti
afirmou que ele “não é dono de nenhuma plataforma de apostas” e que sua atuação
“se limita à divulgação e publicidade”. Sobre o caso de estupro, ele nega as
acusações e pretende recorrer da decisão.
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