A maior maré do ano atingiu a Praia de Ponta Negra, em Natal, na madrugada desta terça-feira (07), com 2,3 metros de altura, avançando sobre parte da faixa de areia recuperada pela obra de engorda concluída no início de 2025.
O secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Thiago Mesquita, afirmou que, sem a obra de engorda, a maré teria levado o calçadão, barracas e parte do comércio local. “Graças a Deus temos uma terra hidráulica. Imagine o que teria acontecido com a costa de Ponta Negra ontem se não houvesse essa barreira. Teríamos problemas seríssimos em toda a linha de costa, com certeza absoluta”.
Ele explicou que o avanço da maré faz parte da dinâmica costeira, o movimento natural de avanço e recuo do mar. “Esse comportamento é resultado de fenômenos naturais e continuará ocorrendo mesmo após a conclusão da engorda. É normal em qualquer praia”, disse.
Thiago ressaltou que o aterro hidráulico — técnica usada para ampliar a faixa de areia — não altera o regime das ondas e foi projetado para suportar marés intensas. “Na maré alta, a praia tem cerca de 50 metros de faixa de areia, e 100 metros na maré baixa. Parte desse espaço será naturalmente ocupado pelo mar. O aterro não é uma barreira intransponível, mas parte da natureza”, explicou.
O fenômeno virou mais uma vez alvo político da oposição, que usou o episódio para criticar a gestão do prefeito Paulinho Freire (União) mostrando inconformismo e populismo de meia-tigela.
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