O cantor Milton Nascimento, 82,
considerado um dos principais nomes da música brasileira, foi diagnosticado com
demência por corpos de Lewy (DCL). A informação foi divulgada nesta
quinta-feira (2), na edição 229 da revista Piauí.
Procurado pela CNN, Augusto
Nascimento, filho do músico, pediu respeito e compreensão neste momento, e
afirmou que esse será o "único comunicado à imprensa sobre o caso".
De acordo com a publicação, após
o desfile da escola de samba Portela, onde Milton foi homenageado na Marquês de
Sapucaí, e do lançamento do documentário "Milton Bituca Nascimento",
dirigido por Flávia Moraes, o herdeiro achou Milton um tanto esquecido, com
pouco apetite e o olhar muitas vezes em um único ponto.
Além disso, o cantor estava
repetitivo, indo e voltando nas mesmas histórias em questões de minutos, o que
foi um ponto de estranheza, já que costumava passar horas contando passagens
diferentes de sua trajetória.
Em abril, começaram a realizar
uma série de testes clínicos com a intenção de averiguar diferentes domínios
cognitivos, como atenção, capacidade de cálculo, orientação de espaço e
linguagem. O clínico geral Weverton Siqueira, então, disse a Augusto que, pela
primeira vez em uma década, estava assustado com o declínio cognitivo do
artista. Com isso, solicitou uma bateria de exames.
"Quando vi que o meu pai
apresentava uma piora no quadro cognitivo, perguntei ao médico se seria uma
loucura fazer uma viagem de motorhome com ele pelos EUA", disse Augusto ao
veículo. Um mês depois, em maio, os dois embarcaram na aventura norte-americana.
Algumas semanas após o retorno
dos Estados Unidos, Milton, que em 2023, descobriu Parkinson, recebeu um novo
diagnóstico: demência por corpos de Lewy (DCL).
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