O Ministério Público precisa colocar uma lupa nas contas públicas da Prefeitura de Grossos. Tem obrigação, para ser mais contundente.
Não é possível que o município de pouco mais de 10 mil habitantes viva o caos em áreas vitais, enquanto o cofre público seja oxigenado com milhões de reais carimbados por royalties de petróleo e gás.
Este ano, a ANP repassou 63,3 milhões para Grossos, uma média de R$ 5,8 milhões por mês só com essa fonte de receita.
O município, porém, vive cenário de pobreza.
Na Educação, por (mau) exemplo, Grossos é apenas o 115º colocado entre os 167 municípios do RN na taxa de escolaridade, e o 3.775º posicionado entre os 5.570 municípios brasileiros. Os dados são do IBGE.
Outro absurdo que contrasta com a receita milionária de royalties é que apenas 1,28% de domicílios é atendido com esgotamento sanitário adequado. Nesse quesito, Grossos aparece na 147ª posição no RN.
Tem mais: apenas 11,2% de domicílios contam com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio).
A degradação das áreas vitais é um choque diante do volume de receitas da Prefeitura. Em 2024, o percentual de receitas colocou Grossos na posição 10 de 167 entre os municípios potiguares.
Mas para onde está indo o dinheiro público?
É exatamente essa resposta que o Ministério Público e outros órgãos de controle devem procurar. O que não pode é permitir que Grossos continue rico em receitas, mas com estrutura de município pobre, em detrimento de seus habitantes. César Santos
Alô, MP!
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