Zohran Mamdani foi eleito prefeito de Nova York nesta terça-feira (4), segundo projeções da imprensa americana. O resultado representa uma derrota política para o presidente Donald Trump, que tentou interferir na disputa ao pregar voto contra o democrata e ameaçar cortar verbas federais caso ele fosse eleito.
Com 89% dos votos apurados, Mamdani aparece em primeiro lugar com 50,3% dos votos. Em segundo está o ex-governador Andrew Cuomo, com 41,6%. O republicano Curtis Sliwa tem 7,2%. Diante deste cenário, a Associated Press projetou a vitória do democrata.
Aos 34 anos, Mamdani fará
história ao se tornar o primeiro muçulmano a comandar a maior cidade dos Estados Unidos.
- A vitória de Mamdani foi marcada por reviravoltas,
com o democrata liderando tanto em áreas nobres quanto em bairros de
imigrantes.
- Durante a campanha, ele se destacou pelo discurso
contra o alto custo de vida em Nova York.
- Mamdani será o prefeito mais jovem da cidade desde
o século 19. Ele assumirá o cargo no dia 1º de janeiro de 2026.
- A cidade de Nova York tem 8,4 milhões de habitantes
e é governada pelo Partido Democrata desde 2014.
Nascido em Uganda, na África
Oriental, Mamdani é filho de mãe indiana e pai ugandês. Mudou-se para os
Estados Unidos ainda na infância e construiu carreira política no estado de
Nova York. Desde 2021, é deputado estadual.
De perfil socialista e
progressista, Mamdani ganhou destaque nacional pelos discursos em defesa da
Palestina e pelas críticas às ações de Israel na Faixa de Gaza durante a guerra
contra o Hamas.
Em 2020, ele gerou controvérsia
ao chamar a polícia de Nova York de “racista” e de “grande ameaça à segurança
pública”. O agora prefeito eleito pediu desculpas pelas declarações no mês
passado, durante a reta final da campanha.
Carismático e com linguagem
próxima dos jovens, Mamdani se projetou como um candidato popular nas redes
sociais, especialmente no TikTok. Sua ascensão, no entanto, provocou divisões
internas entre os democratas.
- Setores mais tradicionais do partido consideram o
novo prefeito “muito à esquerda” e distante do pragmatismo tradicional e
histórico da legenda.
- Lideranças democratas demonstraram certa
resistência em apoiá-lo na campanha.
- O ex-presidente Barack Obama, por exemplo, não
declarou apoio público, mas telefonou para Mamdani dias antes da votação
para elogiar a campanha.
Em uma rede social, Trump afirmou
que as pesquisas indicam que os republicanos perderam porque ele não estava nas
urnas e por causa da paralisação no governo. Já a Casa Branca divulgou uma arte
que imitava o brasão do time de basquete New York Knicks, com a frase “Trump é
seu presidente”.
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