Larissa Estefany da Silva Rodrigues, de 17 anos, foi sequestrada, torturada e abandonada nas águas do Várzea das Flores, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, poucos dias após anunciar que iria "mudar de vida e começar a frequentar a Igreja". A informação foi dada durante o julgamento dos suspeitos por William Silveira Nunes, chefe do Departamento de Homicídios de Contagem, responsável pelo inquérito do crime. O júri ocorre no Fórum de Contagem nesta quinta-feira (14 de novembro). Os suspeitos, Ramon Gibson Costa, Bruno Borges de Souza Pereira e Gabriela Rodrigues Bispo, foram a júri popular.
Segundo o depoimento do policial, Larissa se tornou alvo do trio, todos identificado pelas investigações como traficantes, por entregar nomes do tráfico do Aglomerado da Serra e do Concórdia, em BH. "Há detalhamento de que ela seria conhecida como 'X9' do tráfico na Serra e no Concórdia. Antes de ser arrastada até o carro dos suspeitos, uma testemunha ocular liberou que ela fosse levada porque teria 'xnovado o biqueiro'", afirmou o policial no seu depoimento.
Dias antes do assassinato, segundo o inquérito, Larissa teria expressado o desejo de mudar de vida, dando a entender que se afastaria do mundo do crime. "No dia da morte, os relatos constam que Larissa estava feliz com os amigos em um baile funk de rua", acrescentou o testemunho.
Os acusados estão submetidos a júri popular. O conselho de sentença é formado por sete jurados, cinco mulheres e dois homens, pessoas comuns da sociedade e escolhidas por sorteio.
A Gabriela está presente no fórum, enquanto os outros dois acusados participam on-line, por estarem presos no Rio de Janeiro. Ao menos oito testemunhas, tanto de defesa quanto acusação, irão depor.
Relembre o caso
De acordo com investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) a época do crime, a vítima foi sequestrada de um baile funk, em novembro de 2022, onde se encontrou por coincidência com os autores, que tinham envolvimento com o tráfico de drogas. De lá, foi levada para a Várzea das Flores, em Contagem, espancada, torturada e morta a pedradas.
Imagens que circularam nas redes sociais mostraram na época Larissa sendo agredida e aprisionada à força no porta-malas de um carro. A ação ocorreu em meio a outras pessoas que ficaram inertes perante às agressões e acendeu um alerta para a impiedade da atuação do tráfico de drogas. Na ocasião, suspeitos disseram que tinham desavenças com Larissa, que de acordo com um deles, por ela “causava intrigas”.
Agressão.
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