A madrugada de quarta-feira
(17/12) expôs uma das falhas mais graves do sistema penitenciário boliviano nos
últimos anos. Dois assassinos ligados ao Primeiro
Comando da Capital (PCC), considerados de altíssima periculosidade,
protagonizaram uma fuga cinematográfica do presídio de segurança máxima de
Chonchocoro, em Viacha, na região metropolitana de La Paz.
A fuga ocorreu por volta das 3h30
e mobilizou forças policiais, Ministério Público e autoridades de segurança de
dois países.
Os fugitivos são os brasileiros
Jangledson de Oliveira, conhecido como Nem da Gerusa, e Óscar Junior Terra Dias
de Floriano. Ambos estavam presos por crimes violentos e são investigados por
homicídios, ligação com facções e atuação em crimes internacionais.
Segundo as primeiras apurações,
os detentos teriam utilizado uma escada para pular os muros da unidade. A
gravidade do episódio levou a Promotoria Departamental de La Paz a abrir
investigação de ofício.
Ainda nas primeiras horas após a
fuga, um policial e outras cinco pessoas foram detidas sob suspeita de
envolvimento direto ou facilitação do crime.
Entre os alvos da apuração estão
o diretor do presídio, o chefe de segurança e agentes responsáveis pelas torres
de vigilância. O Ministério Público informou que foram identificados sinais de
arrombamento em portas internas e a presença de uma arma branca.
Histórico dos fugitivos
Jangledson de Oliveira é apontado
como responsável por ao menos dez assassinatos e figurava entre os criminosos
mais procurados do Ceará.
Preso na Bolívia em novembro,
após operação conjunta da Polícia Civil cearense com forças locais, ele já
havia protagonizado outra fuga em massa no Brasil, em 2016, quando escapou de
um presídio no Rio Grande do Norte ao lado de dezenas de detentos.
Já Óscar Junior Terra Dias de
Floriano havia sido transferido recentemente de Palmasola, em Santa Cruz, para
Chonchocoro. Ele confessou participação no assassinato de um detento ligado ao
caso do juiz Wilber Cruz e, segundo as investigações, foi o responsável por
conseguir a arma usada no crime dentro do presídio.
Relatórios de inteligência
indicam que, no momento da fuga, veículos teriam sido vistos circulando nas
imediações da penitenciária.
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