A advogada Poliane França Gomes,
presa por integrar o Bonde do Maluco (BDM), virou uma das maiores chefes do
grupo criminoso na Bahia. Como o CORREIO já tinha informado, ela era advogada,
companheira e porta-voz do traficante Leandro da Conceição Santos Fonseca,
conhecido pelos vulgos de ‘Léo Gringo’ e ‘Shantaram’. Em reportagem, o
Fantástico detalhou que a entrada dela no crime começou em 2024.
Isso porque, nessa época, ela
começou a defender Léo Gringo nos 70 processos que ele acumula pelos crimes de
tráfico, homicídios e associação criminosa. Após isso, foi cadastrada como
companheira, passando a ter direito a visitas íntimas e mais tempo com Léo
Gringo, o que possibilitou que ela se tornasse o braço direito dele no BDM,
levando ordens dele da prisão de segurança máxima em Serrinha para fora do
presídio.
Ao passar a controlar as ações
criminosas do BDM, Poliane dava ordens e ameaçava rivais pelas redes sociais.
"Vou começar a matar para essas desgraças pagarem" e "Pode
avisar que quem não pagar, vai pagar com a vida" são algumas das mensagens
enviadas por ela para traficantes do grupo ao cobrar dívidas para a facção. Nas
mensagens, exibidas pelo Fantástico, ela atendia pelo codinome ‘RS ADV’, que
significa Rainha do Sul Advogada.
O nome pelo qual ela fazia
questão de ser chamada faz referência a uma personagem de série de TV mexicana
que, assim como ela, se envolve no tráfico e vira uma liderança criminosa.
Poliane foi presa na sua casa na Ladeira do Bambuí, no bairro de São Caetano.
Com ela, os policiais encontraram R$ 190 mil em espécie.
A advogada e os outros presos são
investigados por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e participação em
ataques armados contra grupos rivais. Além das prisões, houve bloqueio de
contas bancárias que podem chegar a R$ 100 milhões e foram apreendidos bens de
luxo, como haras com cavalos de raça, uma moto aquática e uma usina de energia
solar.
Ao todo, 14 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão já foram cumpridos. Entre os alvos estão responsáveis pela contabilidade do tráfico, gerentes territoriais que comandavam áreas em Feira de Santana, Lauro de Freitas, Camaçari, Salvador e outras cidades baianas.
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