O senador Otto Alencar (PSD-BA),
presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, afirmou que o
texto do PL
da Dosimetria — do jeito que está — “não tem a menor chance de
passar na CCJ".
Em uma semana decisiva para o Congresso Nacional, às vésperas do recesso parlamentar, o senador, ouvido pelo blog, disse que este é um projeto pró-facção, que os parlamentares perderam a cerimônia e chamou de "absurdo" um projeto nesses termos estar sendo discutido.
Alencar ainda disse que, para ele, as pessoas de interesse público que estão apoiando a proposta, não viram, não leram e não estão sabendo do que se trata o texto.
Resultado de um acordão feito na
segunda (8) entre Câmara dos Deputados, Senado, setores do Supremo Tribunal
Federal (STF) e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL da Dosimetria foi
aprovado no plenário da Câmara na última quarta (10) com 291 votos a favor e
148 votos contra.
O texto propõe a aplicação da
pena do crime mais grave aumentada até metade. Com isso, por exemplo, a
pena do Bolsonaro mudaria de 27 anos e três meses para 24 anos e 10 meses.
Este é um PL apoiado pela ala
bolsonarista, que tinha como objetivo inicial aprovar
a anistia para Jair Bolsonaro, condenado na trama golpista, e
outros envolvidos no 8 de janeiro.
A proposta foi aceita pelos
apoiadores do ex-presidente, depois que os líderes do Centrão colocaram na mesa
para Flávio Bolsonaro que anistia estava fora de questão e que "era pegar
ou largar" a dosimetria. E eles pegaram.
Essa é outra estratégia do
Centrão, como pagamento de resgate, para tirar a candidatura de Flávio
Bolsonaro da frente.
Agora, resta saber se o Senado
vai conseguir segurar a proposta e entregar o acordão.
Líderes bolsonaristas garantem
que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), combinou de
entregar o projeto.
Também ouvido pelo blog, o líder
do governo, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) disse que a orientação é
pedir vista, ou seja, mais tempo, na votação marcada para a quarta-feira desta
semana (17) para conseguir deixar esse projeto para o ano que vem, ano
eleitoral, quando as coisas já caminham mais devagar.
Uma das ideias em debate é aprovar um substitutivo com redução de penas para envolvidos no 8 de janeiro, sem abranger os líderes. Sadi
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