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* RN perde a liderança em leilões.

O Rio Grande do Norte foi o estado com o menor número de projetos de geração de energia eólica emplacados no leilão federal realizado ontem, amargando um último lugar inédito num certame envolvendo essa fonte de energia e contrariando, com o desempenho, todas as expectativas dentro e fora do estado. O leilão foi o primeiro de dois programados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para este mês. O segundo será realizado hoje. A queda nos preços durante a disputa ajudou a afugentar os investidores.

Ao todo, o RN habilitou 75 projetos de parques eólicos para os dois leilões - parques eólicos são aqueles que geram energia a partir do vento -  mas só conseguiu comercializar dois no primeiro dia de disputa, ficando atrás do Rio Grande do Sul (com 21), da Bahia, do Ceará, de Pernambuco e do Piauí. Embora o número total de projetos que participaram no primeiro dia não tenha sido oficialmente divulgado ainda, a expectativa era que, já na largada, o estado assumisse a dianteira do processo, como aconteceu em 2009 e 2010, anos em que sagrou-se líder.

"Mas os investidores com projetos no RN estiveram menos dispostos a ser agressivos em relação ao preço", diz o ex-secretário estadual de Energia e atual diretor do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia, Jean-Paul Prates. Ele se refere ao fato de, nesse tipo de leilão, vencer quem oferecer a menor tarifa de venda aos compradores.
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