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* Pesquisa aponta problema na distribuição de médicos.

Na manhã de sexta-feira (09) havia quatro pacientes na fila por cirurgia na unidade de emergência/urgência do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró. Cenas assim não ocorrem somente nas cidades de pequeno e médio porte da região Nordeste, mas também é comum no Norte e no Centro-Oeste do país, o que não acontece nas regiões Sul e Sudeste, onde a concentração de médicos por habitantes é bem maior. Esse cenário ficou evidenciado em pesquisa elaborada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CREMESP). O trabalho recebeu o nome de Demografia Médica no Brasil (veja quadro) e tem como objetivo orientar os governos a desenvolver políticas públicas para melhorar os serviços médicos no país.

O doutor em Ciências Mário Scheffer, que conduziu a pesquisa, diz que o trabalho traçou um diagnóstico lógico indicando as fragilidades dos serviços médicos, que devem ser combatidas de forma pontual pelo governo. "Atualmente, a maioria dos médicos tem vínculos públicos e privados, cumprem carga horária de trabalho excessiva e acumulam vários empregos. A jornada de trabalho dos médicos é, em média, superior a 50 horas semanais e quase um terço dos profissionais trabalha mais de 60 horas por semana", escreveu.
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