A Marcha das Vadias, protesto pelo fim da violência contra a mulher,
ocupará a rua Augusta (centro de São Paulo) neste sábado (25). A
concentração está marcada para o meio-dia na praça do Ciclista, na
avenida Paulista. O início do trajeto, que passa pela rua Augusta e vai
até a Praça Roosevelt, começa às 14h.
Este é o terceiro ano consecutivo que o protesto é realizado em São
Paulo, mas o termo “vadia” ainda suscita diversas perguntas na página do
evento no Facebook: “Homens podem ir à marcha?”; “É preciso tirar a
roupa?”; “Posso levar meu filho pequeno?” são algumas das questões
feitas na rede social.
Para quem tem dúvidas, as criadoras do evento na internet explicam:
“todos são bem-vindos e, não, não é preciso ir com pouca roupa para
participar.”
“Como lutamos pela autonomia sobre nossos corpos e escolhas, seria um
contrassenso sugerir como as pessoas devem se vestir pra ir à marcha”,
dizem elas, que preferem não se identificar.
As integrantes também explicam o uso irônico do termo “vadia” para
protestar contra a responsabilização das mulheres que são vítimas de
violência.
“Qualquer ação minimamente desviante dos padrões de comportamento
impostos às mulheres as torna passíveis de serem rotuladas como ‘vadias’
–o que levaria ao direito de violentá-las. Mas o único culpado pela
agressão é o agressor –não é a roupa, não é o comportamento da mulher”,
dizem.
Segundo as brasileiras, as Marchas das Vadias são independentes. “Cada
país, estado, cidade, município faz como pode e quer. É importante que
seja assim, pois cada lugar tem suas especificidades. O que não
significa que não haja troca, diálogo.”
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