"A saída da PM enfraqueceu a segurança nos CDPs (Centros de Detenção
Provisória). De uma certa forma, esses ambientes funcionam como
delegacias, ou seja, abrigam presos temporariamente, e não possuem
estrutura para a permanência de presos por muito tempo. São mau
localizadas, sem muralhas, sem guaritas, e têm deficiência estrutural.
Não é arrumar desculpa, é a realidade”. Foi desta forma que o secretário
de Justiça e da Cidadania do Rio Grande do Norte, Wallber Virgolino,
justificou a fuga ocorrida neste final de semana no CDP da Zona Norte de
Natal. Ao todo, 14 detentos serraram as grades de uma cela do setor de
triagem e pularam o muro da unidade. Na fuga, um preso chegou a ser
baleado. Cinco foram recapturados, incluindo o ferido.
Em resposta ao secretário da Sejuc, o comandante-geral da PM disse que a
saída dos policiais militares que atuavam na guarda dos CDPs foi a
única forma de reforçar a segurança das penitenciárias. "Temos mais de
500 PMs lotados na Companhia Independente de Policiamento de Guardas,
que auxilia o sistema penitenciário. De acordo com o estatuto dos
agentes penitenciários, a guarda nos CDPs é de responsabilidade dos
próprios agentes, incluindo as guaritas. A nossa legislação prevê o
policiamento de guarda de presídios, o que difere em muito o trabalho
realizado nos CDPs. Em junho, deixamos a guarda dos CDPs com os agentes,
mas continuamos fazendo patrulhamento no entorno das unidades. Essa foi
a única saída para reforçamos a segurança nas penitenciárias, que são
mais complexas", disse o coronel Dancleiton Pereira.
Fugas constantes.
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