A defesa de Rodrigo Rocha Loures
(MDB-PR), ex-deputado federal e ex-assessor especial do presidente
Michel Temer, pediu à Justiça Federal de Brasília que o absolva da
acusação de corrupção passiva no episódio em que ele recebeu uma mala com R$ 500 mil de um executivo da JBS.
No pedido, os advogados de Rocha Loures (que chegou a ser preso) argumentam que ele não sabia que havia dinheiro na mala e que "muito menos" o montante seria para ele.
A suspeita do Ministério Público e da Polícia Federal é que o dinheiro seria propina para o presidente Michel Temer, que nega a acusação.
À Justiça de Brasília, a defesa de Rocha Loures argumenta que Ricardo
Saud, ex-executivo da J&F e delator da Lava Jato, relatou que o
ex-deputado era o "mensageiro", que tudo foi combinado com Temer e que
Loures "nem sabia que esse dinheiro iria existir".
"Ora, a própria denúncia afasta a participação do denunciado Rodrigo na
possível prática do crime de corrupção, afirmando a inexistência de seu
conhecimento do ilícito. A inépcia, portanto, é mais que evidente, ora
como alguém pode concorrer para um crime sem saber que de crime se
trata? Como pode concorrer para o crime de corrupção passiva por ter
recebido dinheiro se, como afirma a denúncia, ele nem sabia que de
dinheiro se tratava, e muito menos que era para ele, como diz a própria
denúncia?", afirmam os advogados de Rocha Loures.
Rocha Loures chegou a entregar a mala à PF, em 23 de maio do ano passado, mas com R$ 465 mil. Depois, no mesmo dia, o ex-deputado devolveu os R$ 35 mil que estavam faltando.
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