Quatro anos depois de se ”despedir” da política para cuidar da saúde e se dedicar à família, Roseana Sarney
anunciou que disputará novamente o governo do Maranhão. Filiada ao MDB,
ela se absteve se vincular seu projeto eleitoral ao correligionário
Michel Temer. Preferiu evocar Lula, preso em Curitiba desde 7 de abril.
Ao discursar num ato partidário realizado nesta segunda-feira, em São
Luís, Roseana declarou: “Quero dizer uma palavra aqui a respeito do meu
amigo, do meu companheiro, de quem eu fui líder, que hoje está numa
situação que eu não gostaria que ele estivesse: o Lula. Foi o nosso
presidente, que muito me ajudou quando eu estive à frente do governo do
Maranhão.”
A menção ao presidiário petista não foi
gratuita. Roseana tenta retornar ao governo maranhense pela quinta fez
numa queda de braço com o atual governador Flávio Dino (PCdoB), ferrenho
defensor da tese de que Lula é vítima de perseguição. Em 2014, quando
se elegeu, Dino teve de disputar o apoio de Lula com os Sarney.
Integram a chapa de Roseana como candidatos ao Senado o irmão
Zequinha Sarney, ministro do Meio Ambiente na gestão Temer até o mês
passado, e Edison Lobão, um freguês da Lava Jato que tenta se reeleger.
O pai de Roseana, José Sarney, que também estava longe de campanhas
políticas há quatro anos, pega em lanças pela volta de Rosana ao poder
estadual. A oligarquia decidiu brigar pela sobrevivência política com o
time completo: pai, filha, filho e os mesmos velhos aliados.
Campanha na pauta.
Josias de Souza
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