A Policia Federal pretende abrir uma nova frente de investigação
sobre as circunstâncias em que ocorreu o atentado contra o candidato a
presidente da República Jair Bolsonaro, que foi esfaqueado quinta-feira
(6), durante um ato de campanha, em Juiz de Fora (Zona da Mata).
Conforme revelou o Jornal O Globo, a nova
linha de investigação tem como subsídios a localização pela PF de cartão
de crédito internacional e extratos de contas bancárias de Adelio Bispo
de Oliveira, de 40 anos, autor confesso do atentado contra o
presidenciável do PSL e que está preso preventivamente em um presídio
federal no Mato Grosso do Sul.
Foram encontrados pela PF em um quarto de uma pensão onde Adelio
estava hospedado em Juiz de Fora, um cartão de crédito internacional do
Banco Itaú e dois cartões da Caixa Econômica Federal, sendo um de conta
corrente e de outro de conta-poupança. Foram recolhidos extratos dos
dois bancos em nome de Adelio. Também foi apreendido um recibo no valor
de R$ 430,00 em nome dele.
A apreensão do material foi revelada pela revista “Crusoé” e confirmada ao ESTADO DE MINAS por
fonte de Juiz de Fora nesta quarta-feira. O registro do material também
consta em um auto de apreensão das buscas no quarto onde o esfaqueador
vivia.
Com a apreensão, a PF deverá pedir a quebra de sigilo bancário das
contas de Adelio. O objetivo da nova frente de investigação é descobrir
de onde vinha o dinheiro que abastecia as contas e manter o cartão de
crédito internacional do agressor de Bolsonaro. Adelio passou por 12
empregos nos últimos sete anos e em nenhum deles permaneceu mais do que
três meses. Ele estava desempregado quando cometeu o atentado a
Bolsonaro.
Conforme revelou o ESTADO DE MINAS, Adelio Bispo
de Oliveira é integrante de família pobre de Montes Claros (Norte de
Minas). Ele vivia a maior parte do tempo fora da cidade e esteve na
cidade natal pela última vez há um ano e seis meses. Os quatro advogados
que defendem o agressor de Bolsonaro disseram que foram contratados por
igrejas evangélicas de Montes Claros ou pessoas ligadas a elas. Mas, as
igrejas as quais teriam sido freqüentadas por Adelio e citadas pelos
advogados negaram ligação com a contratação dos defensores dele,
desmentindo também pagamento das custas processuais. Assim, surgiram
outros questionamentos: sobre quem está pagando os advogados ou se eles
apenas decidiram defender Adelio gratuitamente, para aparecer na mídia.
Claro que alguém pagou pra esse cara furar o Bolsonaro.
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