NOTA DO PSOL/RN SOBRE O SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES
Diretório Estadual do PSOL/RN
Natal, 10 de outubro de 2018
A crise política de ordem tanto econômica quanto representativa que
acomete o Brasil se expressou abertamente no primeiro turno das
eleições. Com uma votação alarmante, a candidatura de Jair Bolsonaro
(PSL) chega ao segundo turno em um cenário acirrado de polarização, sob
os escombros de uma campanha que esconde o caráter fascista que o seu
programa carrega.
O PSOL, em aliança com o PCB e os movimentos sociais, apresentou a
candidatura de Guilherme Boulos e Sonia Guajajara, que cumpriu um papel
importante e necessário denunciando os privilégios da casta política (a
qual está incluso o próprio Bolsonaro) em detrimento da profunda
desigualdade social que atinge nosso país.
No Rio Grande do Norte, nossa chapa ao governo composta pelo
Professor Carlos Alberto e Cida Dantas foi uma alternativa às
oligarquias do estado, que defendeu um novo modelo de desenvolvimento
para o RN, fundalmentalmente popular e democrático. Saímos orgulhosos
pois, além de preservamos nossa independência à velha política,
conseguimos eleger o primeiro Deputado Estadual da história do PSOL/RN,
Sandro Pimentel, trabalhador vigilante e morador de um dos bairros mais
periféricos da capital potiguar.
No segundo turno, seguiremos a orientação nacional proposta pela
Executiva Nacional do PSOL de apoiar candidaturas que façam frente ao
que Bolsonaro representa. No RN, nos somaremos a campanha de Fátima
Bezerra (PT), única candidata mulher no Brasil com chances reais de se
tornar governadora. Mesmo mantendo largas divergências com o projeto
petista, entendemos que o momento histórico exige de nós uma frente
ampla de combate ao fascismo. Do outro lado da disputa está Carlos
Eduardo Alves (PDT), continuidade da oligarquia Alves na política
potiguar, que já sinalizou pleitear o apoio de Bolsonaro à sua
candidatura e esteve a frente de uma gestão que atacou os servidores
municipais em Natal.
Salientamos que o apoio a candidatura de Fátima Bezerra não está
condicionado de forma alguma a uma eventual composição de seu governo,
caso eleita. O PSOL nunca negociou seus princípios em troca de
loteamento de cargos, ao contrário, sempre preservamos nossa
independência, a exemplo de termos sido oposição de esquerda durante os
13 anos de governo do PT no Brasil. Além disso, também faremos
exigências de tom programático, que reflitam o acúmulo do PSOL nas
eleições.
Por fim, tomaremos como principal tarefa o enfrentamento ao projeto
anti-democrático e de retirada de direitos sociais encabeçado por Jair
Bolsonaro. Seguiremos na luta construindo a resistência nas ruas e
ecoando #EleNão por todos os rincões do RN.
Natal, 10 de outubro de 2018
São dois lados!
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