O juiz federal Sergio Moro,
responsável pela operação Lava Jato em Curitiba (PR), afirmou que não
teve “qualquer intenção de influenciar as eleições gerais de 2018” ao
retirar o sigilo do depoimento dado pelo ex-ministro petista Antonio
Palocci em delação premiada.
A manifestação de Moro foi apresentada em resposta a procedimento aberto pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
a pedido do PT e de deputados federais do partido contra a divulgação
de parte da delação premiada firmada por Palocci com a Polícia Federal
que implicou, entre outros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Esse trecho da delação de Palocci foi incluído por Moro nos autos do
processo que apura o pagamento de propinas da Odebrecht ao ex-presidente
no caso da compra do terreno que abrigaria o Instituto Lula, divulgado
pelo magistrado no dia 1º de outubro, na última semana antes do primeiro
turno das eleições gerais.
À Polícia Federal, o ex-ministro afirmou que as duas campanhas de Dilma Rousseff à Presidência da República, em 2010 e 2014, custaram, “aproximadamente, 600 e 800 milhões de reais, respectivamente”. O
valor total relatado por Palocci, 1,4 bilhão de reais, é quase o triplo
dos 503,2 milhões de reais em despesas informados pelas campanhas da
petista ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2010 (153 milhões de
reais) e 2014 (350,2 milhões de reais).
Palocci também citou uma suposta reunião no Palácio da Alvorada,
em 2010, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria pedido
ao então presidente da Petrobras que encomendasse a construção de 40
sondas de exploração de petróleo para arrecadar propina à campanha de
Dilma naquele ano. Ele já havia relatado a reunião em depoimento a Moro
na Operação Lava Jato.
Moro ninguém acredita nessa sua versão, fato.
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