O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse neste
domingo, 18, que não pode “governar sozinho” e que tem “humildade” para
dialogar com outros órgãos e outros poderes da República na tentativa
de resolver os problemas do país.
Ele afirmou que terá uma agenda intensa na terça-feira, 20,
para conversar com representantes de outras instituições. “Temos que nos
unir. Não posso governar sozinho. O Executivo, apesar de falarem que é
um poder independente, em grande parte depende do parlamento brasileiro.
Temos que nos aproximar e muito do parlamento”, disse.
Na sexta-feira, 9,, ele desmarcou encontros que teria com os
presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vai tentar a reeleição
para o cargo, e Eunicio Oliveira (MDB-CE), que não foi reeleito.
Também na terça-feira, ele afirmou que irá ao Tribunal de Contas da
União e à Controladoria-Geral da União. “Esta semana continuam mais
visitas protocolares às instituições para demonstrar, não só nossa
humildade, bem como a vontade de governar junto o Brasil.”
Antes, Bolsonaro disse que espera apoio das prefeituras para resolver
a primeira grande crise de seu governo: a saída do país de mais de
8.000 médicos cubanos depois que ele colocou exigências para a
permanência deles no programa Mais Médicos, como a validação de seus
diplomas no Brasil.
Segundo ele, alguns prefeitos, que reclamam da saída dos cubanos,
querem se eximir de responsabilidades. “A prefeitura mandou embora seu
médico para pegar um cubano. Quer ficar livre da responsabilidade. A
Saúde [municipal] também tem sua responsabilidade”, afirmou.
Ele também voltou a pedir ajuda ao presidente Michel Temer (MDB) para
adiantar a substituição dos médicos cubanos – o governo federal vai
abrir um edital para recrutar profissionais. “Eu não sou presidente. Dia
1º de janeiro, após a posse, nós vamos apresentar o remédio para isso,
mas o presidente Temer já está trabalhando nesse sentido”, disse.
Bolsonaro no jiu-jitsue deixando prefeitos apavorados.
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