A equipe econômica da transição que representa a governadora eleita
Fátima Bezerra apresentou nesta sexta-feira (21), em coletiva de
imprensa, um diagnóstico da situação fiscal do Rio Grande do Norte. Os
futuros secretários Aldemir Freire (Planejamento e Finanças) e Carlos
Eduardo Xavier (Tributação); o futuro diretor-presidente da Caern,
Roberto Sérgio Linhares; e a economista Luciana Targino apontaram um
cenário preocupante, cuja estimativa de déficit chega R$ 2,7 bilhões.
Somente com a dívida no âmbito da previdência a projeção chega à casa de
R$ 1,8 bilhão.
“Se nada mudar nesses últimos dias do ano já sabemos que herdaremos
pelo menos três folhas de pessoal em aberto, fora outros problemas.
Diante disso, e com uma quadro tão adverso, não tenho dúvida de que se o
RN fosse uma empresa privada estaria em estado de falência”, declarou
Aldemir. Entre as prioridades da governadora eleita está a regularização
do pagamento dos salários do servidores, o aumento da arrecadação e o
ajuste nos gastos de forma a fazer com que as despesas caibam nas
receitas. “A lei orçamentária do próximo ano é uma peça de ficção.
Aliás, tem sido assim nos últimos anos. Há um completo desajuste entre o
que se arrecada efetivamente e o que se prevê na LOA”.
Aldemir informou que uma série de medidas serão tomadas no início do
governo e que serão anunciadas no momento certo pela própria governadora
Fátima Bezerra. “Entregamos à governadora o diagnóstico da situação
financeira e orçamentária e propusemos uma serie de medidas que serão
avaliadas por ela e posteriormente apresentadas à população”, destacou
Carlos Eduardo Xavier.
Rombo gigantesco.
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