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* Contra Bolsonaro: A solidariedade a Maduro por Gleisi Hoffmann.

A presidente do PT, senadora e deputada eleita, Gleisi Hoffmann, está na Venezuela onde participa, nesta quinta-feira (10), da posse de Nicolás Maduro em segundo mandato como presidente do país. Em conversa com o blog nesta quinta, ela justifica a presença no ato por “vários motivos” como “marcar posição contra grosseira relação do governo Bolsonaro com a Venezuela”.

Maduro foi reeleito em maio do ano passado, com quase 70% dos votos, em eleição que foi boicotada pela oposição, teve alta abstenção e denúncias de fraude. A posse de Maduro em novo mandato não é reconhecida pela Assembleia Nacional e por dezenas de países.

“Vamos [à posse] por vários motivos. Para marcar posição desta grosseira relação do governo Bolsonaro com a Venezuela; fala fino com os Estados Unidos (EUA) e grosso com a Venezuela”, declarou a deputada eleita.

Questionada sobre a presença na posse, a presidente do PT não quis entrar no “mérito” sobre a ditadura instalada no país. “Não entramos no mérito, ele foi eleito dentro do marco constitucional não nos cabe dar opinião. Ele foi eleito”, afirmou a Gleisi Hoffmann ao blog.

Gleisi disse que não concorda com a postura do governo de Jair Bolsonaro com a Venezuela. Maduro não foi convidado para a posse de Bolsonaro, que ocorreu em 1º de janeiro deste ano.

Na ocasião, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, publicou no Twitter que “não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira”. O ministro disse, ainda, que “todos os países do mundo devem deixar de apoiá-lo e unir-se para libertar a Venezuela”.

“Não concordamos com essa agressividade. Política de boicote”, disse Gleisi Hoffmann. Segundo a presidente do PT, Maduro foi eleito “dentro dos marcos constitucionais” e o Brasil tem relações diplomáticas com a Venezuela. “Não achamos que é de bom tom o PT ficar comprando briga com vizinhos”, declarou. “Temos que ter solidariedade”, disse a senadora.
Pense numa ladainha horrível.
Andréia Sadi – G1
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