A Defesa Civil de Minas Gerais informou no fim da tarde desta
quinta-feira (31) que subiu de 99 para 110 o número de mortos no
rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG).
Os desaparecidos no desastre, que ontem 259 na última
atualização, agora são 238. Já foram identificados 71 corpos até o
momento.
Segundo o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador-adjunto da
Defesa Civil de Minas Gerais, o número deve aumentar nos próximos dias,
com a continuidade dos trabalhos de resgate.
Ele reiterou que as pessoas da região devem evitar consumir a água do
Rio Paraopeba. Godinho também garantiu que não vai faltar água nas
cidades da região. “50 caminhões pipa com 20 mil litros de água potável
estão fazendo entregas para todas as pessoas cadastradas na região”.
Aproximadamente 950 policiais militares seguem atuando na área de
Brumadinho. Segundo o Major Flávio Santiago, porta-voz da Polícia
Militar de Minas Gerais, dois terços já foram percorridos pela
corporação. Ainda de acordo com Santiago, não existem registros de
saques nas casas que foram abandonadas na região.
Arlen Bahia, delegado da Polícia Civil-MG, diz que 60 corpos já foram
entregues aos familiares e 11 ainda estão no IML. Segundo ele, ainda é
possível identificar alguns corpos pela impressão digital, mas nos
próximos dias, eles devem ser identificados apenas pelo DNA, por causa
da decomposição. O delegado também afirmou que a prioridade é a
liberação dos corpos e, por isso, a delegacia da cidade vai funcionar em
horário estendido.
De acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais,
tenente Pedro Aihara, a operação entrou em uma fase difícil porque os
corpos que serão localizados vão demandar um trabalho de escavação. “A
velocidade no trabalho de resgate dos corpos deve ser menor”. Aihara
também disse que as pancadas de chuva na região atrapalharam as
atividades dos bombeiros. Apesar disso, não existe possibilidade de
novos deslizamentos: “A barragem está estável e não oferece risco de
novo rompimento”.
Segundo ele, a maioria dos corpos encontrados nesta quinta-feira estavam no refeitório da Vale. Aihara também explicou que vai receber reforço dos Estados de São
Paulo e Santa Catarina: “Estamos operando com cerca de 370 pessoas e
esse número deve se manter nos próximos dias”.
Tragédia na pauta.
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