O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João
Otávio de Noronha, decidiu na noite desta quinta-feira, 31, mandar
soltar o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), que
estava detido desde 25 de janeiro. Para Noronha, a prisão do
ex-governador é “precipitada”, motivada por atos supostamente praticados
nos anos de 2011 e 2012.
“Os fatos remontam há mais de sete anos e, além disso, a
realidade é outra, houve renúncia ao cargo eletivo, submissão a novo
pleito eleitoral e derrota nas eleições. Ou seja, o que poderia
justificar a manutenção da ordem pública – fatos recentes e poder de
dissuasão – não se faz, efetivamente, presente”, observou o presidente
do STJ. O tucano deixou o governo do Paraná em abril do ano passado para
disputar o Senado, mas não foi eleito.
Na mesma decisão, que também mandou soltar José Richa Filho, irmão do
ex-governador, Noronha determinou a expedição da ordem de salvo-conduto
de ambos “para que não sejam presos cautelarmente no âmbito da Operação
Integração II, exceto se demonstrada, concretamente, a presença de
algum dos fundamentos admitidos pela legislação processual em vigor para
sua decretação”.
Corrupção
O ex-governador do Paraná foi preso na manhã do dia 25 de janeiro pela Polícia Federal. A prisão preventiva do tucano foi decretada pelo juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba. O pedido foi feito pelo força-tarefa da Lava Jato na Operação Integração, que investiga corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na concessão de rodovias federais no Paraná que fazem parte do Anel da Integração.
Beto Richa livre.
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