O ex-ministro Antonio Palocci
assinou nesta quarta-feira, 9, um acordo de delação premiada com o
Ministério Público Federal no DF nas investigações da Operação
Greenfield, que apura fraudes em fundos de pensão de funcionários de
estatais. Desde segunda, ele presta depoimento aos procuradores do MPF. O acordo ainda precisa ser homologado pela 10ª Vara de Brasília.
Palocci abordou a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
para que a Funcef (de servidores da Caixa) e a Petros (de funcionários
da Petrobras) entrassem como acionistas da Norte Energia, proprietária
da usina hidrelétrica de Belo Monte. Os dois fundos, dos funcionários da
Caixa e da Petrobras, respectivamente, possuem 10% cada um de
participação na usina.
Em um primeiro depoimento, ainda em 2018 e sem ter assinado um
acordo, Palocci já havia dito que o ex-presidente interferia em
investimentos dos fundos de pensão desde a década de 90 e que teria
recebido propina por causa de sua atuação relacionada à construção de
Belo Monte.
Acompanhado de seus advogados, Palocci começou a prestar depoimentos
aos procuradores na última segunda-feira, quando chegou de São
Paulo. Com autorização da 12ª Vara Federal de Curitiba, ele foi a Brasília de carro para evitar exposição nos aeroportos das duas cidades.
Palocci vai ferrar alguns.
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