O governo de Minas informou nesta segunda-feira, 28, que os rejeitos
da barragem de Brumadinho, que se rompeu na sexta-feira, 25, já se
deslocaram 57 km do local de rompimento. A lama chegou a Juatuba, na
região metropolitana de Belo Horizonte.
A velocidade média de deslocamento pelo Rio Paraopeba diminuiu de 1,6
km/h, no domingo, para 0,83 km/h nesta segunda. O Serviço Geológico do
Brasil prevê que os sedimentos alcancem a Usina Hidrelétrica de Retiro
Baixo, entre os municípios de Curvelo e Pompéu, até 10 de fevereiro.
O governo de Minas monitora o fluxo dos rejeitos pelo Rio Paraopeba a
faz análises de qualidade da água em 47 pontos. O levantamento analisa
temperatura, oxigênio dissolvido, turbidez, pH, a série de metais e a
concentração de sedimentos na água.
Por causa do rompimento da barragem, os índices de turbidez da água
aumentaram logo após o desastre, mas, ao longo dos últimos dias, vem
diminuindo. O limite legal para um curso d’água como o Paraopeba é de
100 NTU (unidade de turbidez).
Às 8 horas de sábado, dia seguinte à tragédia, a 19 km do acidente,
foram medidos 63.700 NTU. Já às 16h30, a turbidez havia caído para
34.220 NTU. No domingo, o índice estava em 17.000 NTU e nesta
segunda-feira, em 11.600 NTU.
Tragédia sem limites.
ESTADÃO CONTEÚDO
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