Os Agentes Penitenciários do Rio Grande
do Norte se reuniram em Assembleia Geral, nesta terça-feira (12), e
decidiram que vão deflagrar Operação Padrão, a partir da terça-feira da
próxima semana, dia 19 de fevereiro.
A categoria afirma que, no início do
ano, apresentou ao Governo do Estado algumas demandas e esperava uma
resposta concreta, o que não aconteceu. Ao contrário disso, os Agentes
vêm sofrendo perseguições e assédio moral.
“Nós esperávamos que Governo
apresentasse algumas medidas para quitar os salários atrasados e,
principalmente, para atender pauta que foi apresentada pela categoria
para amenizar a situação financeira dos Agentes Penitenciários”, explica
Vilma Batista, presidente do Sindasp-RN.
De acordo com ela, os Agentes
Penitenciários estão em condições precárias devido aos constantes
atrasos salariais e, inclusive, o Sindicato precisou fazer uma campanha
de arrecadação de alimentos e doações.
“A categoria continua sem condições de
trabalho. Das medidas apresentadas, como disponibilização de vans para
transporte dos servidores para as unidades e flexibilização das escalas,
todas foram ignoradas. Passaram-se 30 dias e a Sejuc nem mesmo recebeu o
Sindicato para discutir a situação”, comenta.
A presidente do sindicato acusa o Estado
de atuar com autoritarismo e de perseguir os Agentes Penitenciários.
“Ao contrário de atender demandas apresentadas, a Sejuc tem perseguido
os servidores, praticado assédio moral e realizado transferências como
forma de punição, bem como publicado portarias aumentando a sobrecarga
de trabalho, que já é degradante e sacrificante ao servidor. Em nenhum
momento, a Secretaria de Justiça tem se preocupado com a situação
financeira”, avalia Vilma Batista.
Por esse motivo, os Agentes
Penitenciários decidiram que, a partir de terça-feira, dia 19, vão
realizar a Operação Padrão, na qual apenas procedimentos essenciais são
realizados nas unidades prisionais, como fornecimento de alimentação,
urgências médicas, e cumprimento de alvará, de acordo com a Lei de
Execuções Penais.
“Não podemos continuar atuando
normalmente como se nada estivessem acontecendo. A deflagração da
Operação Padrão não é apenas pela cobrança dos salários atrasados, é
também para exigir que o Governo do Estado trate o trabalhador com
consideração e, principalmente, que respeite a dignidade humana desses
profissionais “, finaliza.
Nova crise entre o governo Fátima Bezerra e os servidores.
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