O PT havia aproveitado o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho
para atacar Jair Bolsonaro e a privatização da empresa no governo de
Fernando Henrique Cardoso.
Lindbergh Farias, por exemplo, afirmou que “a privatização da Vale
foi um crime do governo FHC” e o que “o que fizeram com a Vale é o que
querem fazer com a Petrobras” – aquele mesma Petrobras, diga-se,
assaltada durante os governos do PT com esquemas de propina, como o que
rendeu o triplex pelo qual Lula está preso.
Gleisi Hoffmann escreveu que “cedo ou tarde a privatização cobra seu
preço da população” e “as coisas só vão piorar com as escolhas que
Bolsonaro está fazendo para as estatais e para o meio ambiente”.
Maria do Rosário também voltou suas baterias contra Bolsonaro.
Mas o principal lobista que atuou pela derrubada, em julho de 2018,
na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, do projeto de lei com regras
mais rígidas de licenciamento e fiscalização de barragens foi Fernando
Coura, presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas do estado e
amigão do ex-governador petista, Fernando Pimentel.
Não à toa, o PT decidiu não apoiar a CPI de Brumadinho, cujo
requerimento de criação no Senado deverá ser lido em plenário na
quinta-feira, abrindo prazo para que os partidos indiquem seus
representantes.
Bola Murcha: O petista Jean Paul Prates (PT/RN) chegou a assinar o documento para a
instalação da CPI, mas, após orientação de seu partido, pediu que seu
nome fosse retirado da lista.
Ou seja: o mesmo PT que esperneou contra adversários políticos logo
depois da tragédia agora fará de tudo – inclusive espernear mais ainda –
para proteger Fernando Pimentel.
Para os petistas, rompimento no do outros é refresco.
Detalhe: Zenaide Maia também deverá seguir os companheiros petista e não assinar CPI, vergonha.
Vergonha esses posicionamentos.
Jovem Pan
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