Preocupada com o futuro do PT , a corrente majoritária Construindo Um
Novo Brasil (CNB) começou um movimento para convencer o ex-presidente
Lula a desistir de seu plano de ajudar a eleger a atual presidente,
Gleisi Hoffmann , para um novo mandato à frente da legenda.
Para quem o visita na Superintendência da Polícia Federal do Paraná,
em Curitiba, Lula tem sido firme na defesa de Gleisi, uma das principais
entusiastas da bandeira “Lula livre”. A eleição para a presidência do
PT ainda não tem data, mas a expectativa é que ocorra no segundo
semestre.
Líderes da CNB acusam Gleisi de tomar decisões sem consultar os
demais membros da direção. Dizem que isso aconteceu, em janeiro, quando
ela foi à posse de Nicolás Maduro na Venezuela.
O episódio gerou até uma discussão com o candidato derrotado do
partido à Presidência, Fernando Haddad, na última reunião da executiva,
no mês passado. Haddad foi questionado sobre as críticas que fez a
Gleisi numa entrevista e respondeu que via problema no fato de ela não
ter ouvido a legenda. Gleisi rebateu dizendo que o PT já tinha uma
posição sobre a Venezuela.
Em 2018, quando tentava se cacifar para substituir Lula como
candidato do PT a presidente, Haddad, que sempre teve uma atuação
independente, se aproximou da CNB. Parte das lideranças da corrente
defende que ele assuma o comando da sigla. Ele resiste à ideia.
PT na UTI.
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