O desembargador
Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1),
suspendeu nesta quinta-feira (28) a apuração da Polícia Federal em que
foi autorizada a busca e apreensão contra o advogado Zanone Manuel de
Oliveira Júnior, coordenador da defesa de Adélio Bispo, responsável pelo
atentado cometido contra presidente Jair Bolsonaro (PSL) em setembro do
ano passado.
Nesta semana, a
PF explicou que o inquérito que investiga a facada continua em
andamento, faltando ainda justamente a análise dos materiais apreendidos
com a defesa de Adélio. Por isso, a determinação do desembargador deve
atrapalhar a conclusão da investigação, que busca saber quem foi o
responsável por pagar o advogado de Adélio, em uma tentativa de
descobrir se o criminoso agiu a mando de alguém. Como mostrou o Estado, a
PF apresentou a Bolsonaro áudios que mostram o possível interesse do
Primeiro Comando da Capital (PCC) no atentado.
A decisão do
desembargador atende a um pedido do Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB). Néviton determina que os órgãos de
investigação, como Polícia e Ministério Público, não poderão usar
qualquer registro ou informações colhidas na busca e apreensão, sob pena
de eventuais provas colhidas serem anuladas. A proibição vale até que o
TRF-1 analise o mérito do pedido feito pela OAB.
Adélio Bispo.
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