O presidente Jair Bolsonaro demitiu nesta segunda-feira o ministro da
Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, e escolheu o economista e professor
Abraham Weintraub para assumir o cargo. O anúncio foi feito pelo
Twitter.
Na publicação, Bolsonaro anunciou o novo gestor e agradeceu Ricardo Vélez Rodríguez “pelos serviços prestados”.
“Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao cargo
de Ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e
possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a
pasta. Aproveito para agradecer ao Prof. Velez pelos serviços
prestados”, escreveu o presidente. O GLOBO entrou em contato com o
ministro, mas ele não deu detalhes das primeiras medidas que pretende
adotar à frente da pasta.
— Não me leva a mal, mas você pode imaginar (como estou). Nos primeiros dias, minha prioridade é assumir. Ainda não assumi.
Abraham participa do governo desde a transição, quando integrou o
grupo para discutir sobre a Previdência Social, assim como seu irmão
Arthur, que inclusive processou dois alunos que falaram contra ele nas
redes sociais. Os estudantes teriam criticado Arthur por se aliar a
Bolsonaro.
A crise no MEC começou no início de março devido a uma disputa
interna entre seguidores de Olavo de Carvalho e membros ligados à ala
militar do ministério. Mais de 16 pessoas foram demitidas da pasta
devido à crise. Em meio à confusão, o ministério ficou totalmente
parado, afetando principalmente a educação básica.
Professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Weintraub é
mestre em finanças pela FGV e executivo do mercado financeiro. Em seu
currículo Lattes, na plataforma CNPq, o novo ministro da educação
informa que já atuou como CEO da Votorantim Corretora no Brasil.
Na última sexta-feira, após sinalizar em um café da manhã com
jornalistas uma possível demissão do ministro da Educação , Bolsonaro
chegou a avaliar depois que a situação de Vélez à frente da pasta ainda
poderia ter conserto .
— Só a morte que não tem conserto — respondeu Bolsonaro, na saída do
evento de inauguração do Espaço Integridade da Ouvidoria da Presidência
da República na sexta-feira à tarde.
— Está bastante claro que não está dando certo o ministro Vélez. É
uma pessoa honrada, mas está faltando gestão. Na segunda-feira, vamos
tirar a aliança da mão direita, ou vai para a esquerda ou vai para a
gaveta — havia dito o presidente de manhã, acrescentando que a decisão
já estava tomada.
Weintraub assume o MEC após uma gestão marcada por
controvérsias e recuos. Ele atuava como secretário-executivo da Casa
Civil, cargo apontado como “número 2” da pasta de Onyx Lorenzoni
Com informações de O Globo
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