No início da reunião desta terça-feira, em que ouviu explicações
sobre a política de preço de combustíveis da Petrobras , o presidente
Jair Bolsonaro disse aos participantes que não tem intenção e nem pode
intervir na estatal, segundo informou o porta-voz do Palácio do
Planalto.
– Eu não quero e não tenho direito de intervir na Petrobras – disse
Bolsonaro, de acordo com Otávio do Rêgo Barros, que leu a declaração.
Barros explicou que a impossibilidade expressa pelo presidente se
deve a “questões legais e também políticas”. Disse que a falta de
vontade seria “por questões de conceito dele”.
Questionado sobre a impressão do ministro da Economia, Paulo Guedes,
de que o presidente “pareceu” ter ficado satisfeito com a explanação
feita durante o encontro, no fim da tarde, o porta-voz foi mais
categórico.
– Eu sou mais otimista. O presidente está satisfeito com as
explicações – declarou Rêgo Barros, sendo indagado em seguida sobre
quais eram, especificamente, as dúvidas de Bolsonaro.
– Ele precisava entender qual é a composição dessa política, e nós
tivemos por parte do diretor da ANP (Décio Oddone) uma exposição
sumária, mas bastante consolidada. Alguns dados foram apresentados pelos
nossos ministros. Em especial, qual é o percentual que de fato é
responsabilidade da Petrobras e qual é o de outros atores, de outros
stakeholders (acionistas). Muitas vezes, nós dizemos que a
responsabilidade pelo aumento do preço é da empresa, quando na verdade a
responsabilidade pertence a outros atores, que eu prefiro não
elencá-los aqui, e que no final a prejudicada é a própria sociedade.
Porta-voz na pauta...
O Globo
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