Oito entidades civis representantes de professores, profissionais
técnicos administrativos e estudantes da educação básica e do ensino
superior devem anunciar de forma conjunta nesta segunda-feira uma
paralisação de setores da educação, prevista para a próxima
quarta-feira, 15 de maio.
O movimento já estava sendo preparado desde de
abril, mas focado na negociação sobre a medida provisória 873/2019, que
muda as regras para a contribuição sindical.
A “Greve Geral da Educação”, como está sendo chamada a paralisação,
ganhou outra motivação com as medidas de contingenciamento de orçamento
adotados na semana passada pelo Ministério da Educação.
“Esse dia [15 de maio] foi tirado no começo de abril, a priori não
tinham acontecido os cortes de 30%, mas com isso evidentemente aflorou
nas entidades de base o processo de mobilização, tanto é que na semana
quando houve o corte, realizamos grandes atos na Bahia, Rio de Janeiro e
em São Paulo”, comenta Antonio Neto, coordenador geral da Federação de
Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de
Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).
Na próxima quinta-feira (16), o ministro da Educação, Abraham Weintraub,
deve receber representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das
Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), presidida por
Reinaldo Centoducatte, reitor da Universidade Federal do Espírito Santo
(UFES). Na última quarta-feira, a entidade que representa os reitores
divulgou nota comentando a situação orçamentária de 63 universidades
federais e dois centros federais de educação tecnológica. “Com essa
ordem de grandeza de bloqueio atual, as universidades passarão, em
breve, a não ter meios de realizar novas licitações ou mesmo de empenhar
os recursos para efetivar o pagamento de seus contratos de serviços”,
diz a nota.
Segundo aprendiz no comando da educação brasileira.
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