Os protestos contra Igreja Universal do Reino de Deus em São Tomé e
Príncipe, na África, continuam e elevaram o caso para uma crise
diplomática.
Segundo a BBC, chefes de Estado africanos, congressistas brasileiros e o
Itamaraty se envolveram nesse caso e a IURD pode ser expulsa do país,
um dos 23 países africanos onde a denominação mantém igrejas.
Os protestos começaram em setembro após a prisão de uma pastor
são-tomense em Costa do Marfim. Ele foi preso após investigações
policiais contra perfis na internet que faziam graves acusações contra a
IURD.
O pastor preso foi identificado como Iudumilo da Costa Veloso, que era
pastor em São Tomé e foi transferido para Costa do Marfim. Ele ainda era
pastor quando iniciou os ataques pela internet contra a denominação.
As mensagens diziam que a IURD priorizava pastores brasileiros e os
obrigava a fazer vasectomia para que não tivessem filhos. Usando um
perfil falso, o pastor também dizia que bispos e pastores brasileiros se
apropriavam de dízimos, além de “humilhar, insultar, esmagar e
escravizar os (pastores) africanos”.
Após sua prisão, a esposa do pastor voltou para o país de origem e levou
a população a se revoltar contra a IURD, exigindo que a igreja agisse
para que ele fosse solto. O que não aconteceu.
Em comunicado divulgado, a IURD disse que não poderia interferir na decisão judicial das autoridades em Costa do Marfim.
“Foi a polícia, a Justiça da Costa do Marfim que investigou, abriu o
processo e determinou a prisão dele”, disse o bispo Gonçalves da Costa,
responsável pela Universal nos países africanos de língua portuguesa.
Por conta das revoltas contra os templos da IURD no país, o Parlamento
de São Tomé e Príncipe passou a discutir a expulsão da Universal.
Em defesa do pastor preso, a parlamentar Alda Ramos, uma das principais
líderes da oposição, disse a jornalistas que a Iurd deveria repatriá-lo
ou sofrerá as consequências da expulsão do país.
O embaixador brasileiro em São Tomé e Príncipe, Vilmar Júnior, tem
tentado solucionar o problema com diplomacia, assim como o deputado
federal bispo Márcio Marinho (Republicanos-BA) que foi até o país
africano conversar com autoridades locais.
Nossa.
Gospel Prime
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