Está realmente ruim a relação entre o ministro da Economia e o
presidente da Câmara. O que 1 fala do outro em privado não é publicável.
É 1 pouco mais tranquilo o contato entre o Posto Ipiranga e o presidente interino do Senado, Antonio Anastasia (PSD-MG). Mineiro, Anastasia não quer guerra com ninguém.
Houve
uma teleconferência recente entre Guedes, Maia e Anastasia. No meio da
conversa, o presidente da Câmara disse que o clima estava “ficando ruim” –e saiu do papo.
Guedes argumenta que a PEC do pacto federativo
já determina a criação do Conselho Fiscal da República, que pode, com
mínimas alterações, servir para momentos de crise como a do coronavírus:
autoriza demitir funcionários, congelar salários e ampliar orçamentos.
Maia é contra e deseja uma nova PEC para o que chama de “orçamento de guerra”() que possa autorizar a criação de 1 “comitê de crise”.
Integrantes da cúpula do Congresso dizem que a
beligerância continuará pela personalidade dos envolvidos. Acham que
Guedes teria mais sucesso nos projetos se conversasse com deputados e
senadores. Mas consideram isso improvável.
Em entrevista à rádio Bandeirantes, o presidente da Câmara disse: “Esperamos
que nos próximos dias o governo já coloque os recursos nas mãos dos
trabalhadores informais. Hoje, o presidente [Bolsonaro] prova que o que o
ministro Guedes disse ontem não era 100% verdade”.
BUROCRACIA NA MIRA
É
quase uma unanimidade dentro do governo (e fora também) o juízo
negativo sobre estes 3 integrantes da estrutura do Ministério da
Economia: Waldery Rodrigues (secretário especial de Fazenda), Esteves Colnago (assessor especial) e George Soares (secretário-adjunto na Secretaria de Orçamento Federal).
Waldery,
Esteves e George têm uma característica em comum: só apresentam
problemas e nunca sugerem uma solução fácil. No caso do coronavoucher, todos dizem que sem uma emenda constitucional Bolsonaro abre flanco até para sofrer impeachment.
O ministro da Economia disse ao Poder360 nesta
4ª feira cedo que vai acelerar o processo de concessão da renda básica
emergencial (depois confirmou no final da manhã, em público. Mas fica em
dúvida sobre as consequências: “Quero ver depois lá na frente, se eu for processado, se o Rodrigo Maia e o Gilmar Mendes virão me defender”.
Paulo
Guedes identifica 3 pessoas que têm sido colaborativas com ele a
respeito de como encontrar soluções legais para os obstáculos
orçamentários: Sergio Moro (Justiça), Gilmar Mendes (STF) e José Levi
(chefe da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional).
TELECONFERÊNCIA DO BRADESCO
Maia
disse nesta manhã em teleconferência promovida pelo Bradesco que o
governo governo não tem empecilhos para elevar os gastos para mitigar os
efeitos da pandemia. “Dizer que não pode tomar decisão hoje é besteira”, afirmou.
Ele também disse esperar que a pandemia pode ser uma oportunidade para o governo “repactuar relações de respeito”
com os demais Poderes. Aprovar a PEC da emergência fiscal, c como
defende Guedes, é algo que levaria ao menos 2 meses na avaliação do
presidente da Câmara. “A relação não está azeitada”, afirmou. Um
caminho mais rápido, disse, seria a aprovação da PEC do orçamento de guerra.
Tenso...
Poder 360
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