Em depoimento prestado hoje à Polícia Federal, o policial
militar aposentado Fabrício Queiroz disse que deixou o gabinete do então
deputado estadual Flávio Bolsonaro, entre o primeiro e o segundo turnos
da eleição de 2018, porque estava cansado e queria cuidar da sua saúde e
de sua aposentadoria pela PM. Segundo Queiroz, ele avisou Flávio de sua
vontade de pedir demissão um pouco antes do primeiro turno, quando a
vitória do Zero Um para o Senado parecia encaminhada.
O plano de Queiroz era, tão logo publicada a exoneração, viajar
com suas filhas — entre elas, a personal trainer Nathália, que na mesma
época deixou o gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. As
demissões não representariam o fim do vínculo entre o ex-PM e Flávio.
Queiroz esperava ser chamado para trabalhar pelo antigo chefe no Senado,
o que ficou inviável depois de vir a público relatório do Coaf, em
dezembro de 2018, sobre suas transações financeiras suspeitas.
Queiroz não prestou depoimento no famoso caso da rachadinha, mas sobre a acusação do empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flávio, de que os Bolsonaro foram avisados durante a campanha de que os Bolsonaro foram avisados durante a campanha de que havia uma operação específica sobre rachadinha prestes a ser deflagrada — e que ela alcançaria Queiroz. Na versão de Marinho, Queiroz e sua filha foram demitidos depois desse alerta, numa tentativa dos patrões de se antecipar ao escândalo. O ex-policial rechaçou essa tese. E insistiu que deixou o emprego por questões pessoais.
São amigos.
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