O bebê com cerca de 15 dias encontrado morto na manhã desta terça-feira (25) às margens da BR-101, na
região metropolitana de Natal, foi deixado no local ainda vivo, segundo afirmou
o delegado Cidórgenton Pinheiro. A mãe da criança foi presa no município de
Goianinha, e, de acordo com a polícia, confessou o crime.
De acordo com o delegado, a criança foi
abandonada no sábado (22), por volta das 16h. Após identificar a mãe da
criança, a Polícia Civil pediu a prisão temporária da mulher e, com o mandado
expedido pela Justiça, a deteve em Goianinha, onde mora.
"Ouvida formalmente, a mãe confessou
o crime e detalhou, dentro dos limites que foi possível, a motivação do crime e
a execução. Infanticídio será apurado, mas só a perícia vai confirmar o
puerpério. Infelizmente, a criança foi deixada com vida no local", afirmou
o delegado.
Cidórgeton conta que a mulher "não
sabia o desdobramento desse abandono" e "foi surpreendida com a
informação de que o bebê havia falecido". "Durante 12 dias, entre o
nascimento no dia 10 de agosto até o dia 22, ela e a criança permaneceram
internadas porque ela teve complicações pós-parto. Ela caminhou pelas margens,
mas aí resolveu abandonar a criança. Pediu um táxi e foi embora", contou.
A motivação revelada durante o interrogatório, segundo a mulher, teria sido um
"estágio de depressão muito agudo, muito acentuado". A gravidez, de
acordo com o delegado, também foi mantida em sigilo pela mulher.
"Houve um detalhamento quanto ao pai
biológico da criança não aceitá-la e também ser um presidiário. Ela tinha o
receio da rejeição de familiares e amigos. Durante toda a gestação, ela sofreu
com esses sintomas, segundo ela. Ficou enclausurada, ninguém descobriu a
gravidez dela. As únicas pessoas que sabiam eram ela e a filha pequena de 3
anos. Foi uma surpresa para todos os familiares e isso a gente pôde constatar
quando foi fazer a prisão", falou Cidorgeton.
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