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* Grupo faz ato em hospital de PE contra aborto de menina estuprada.

Um grupo se reuniu na tarde deste domingo (16), na porta de um hospital em Recife para protestar contra a interrupção da gravidez de uma menina de menina de 10 anos que engravidou depois de ser estuprada. Após ter o pedido negado pelo Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, em Vitória, a criança foi levada a outro estado.
O grupo protestou, ajoelhou e cantou em frente à unidade de saúde. De braços dados, eles chamaram o médico responsável pelo procedimento de “assassino” e utilizaram a página no Instagram para divulgar imagens do ato. “Estamos aqui como igreja para dizer que Recife não é a capital do aborto, nós somos pró-vida, e queremos salvar as duas vidas. As duas importam e valem”, disse uma representante do grupo, que tem 12 mil seguidores no Instagram.
Em seguida, foram postadas gravações do grupo ajoelhado e de mãos dadas, cantando em frente ao local. Também hoje à tarde, a militante de extrema-direita Sara Winter usou as redes sociais para expor a identidade da menina e o endereço de onde seria realizado o procedimento.
Entenda o caso
Uma criança de 10 anos foi estuprada e engravidou. O tio, de 33 anos, foi indiciado pelo crime. De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo, a criança era vítima de estupros havia quatro anos, e o caso chegou ao conhecimento da polícia no dia 8 deste mês, quando ela deu entrada num hospital público da cidade de São Mateus, a 220 km de Vitória, com suspeita de gravidez.
O Tribunal de Justiça capixaba já havia dito ao UOL, por meio de nota, que “influências religiosas e morais” não definiriam o futuro da gestação.
A lei brasileira permite que um aborto seja realizado por meio do serviço público de saúde no caso de a gravidez ser resultado de um estupro, assim como nas situações de risco para a mãe ou de anencefalia do feto – justamente o que o magistrado levou em consideração.
Ato...
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