Mais de 60 cidades do Rio Grande do Norte informaram que estão com dificuldades para comprar oxigênio no mercado. É o que aponta o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RN (Cosems), que publicou o levantamento nesta sexta-feira (19).
De acordo com o
conselho, 117 municípios responderam ao questionamento entre os dias 17 e 18 de
março - isso representa cerca de 70% das 167 cidades do estado. Desses, 54,2%
sofrem para adquirir o oxigênio - 63.
O levantamento apontou
ainda que, deste total, 59,8% dos
municípios respondentes já receberam sinal de alerta de fornecedores sobre a
possível dificuldade em abastecimento de oxigênio.
Um dado ainda mais
alarmante é que outros 11,1
% de municípios - 13 ao todo - sinalizaram que o estoque de oxigênio já é
insuficiente para atender a demanda atual.
Na pesquisa, 29% dos
municípios sinalizaram não haver dificuldades com o estoque de oxigênio.
O monitoramento
apontou também que 84,7% dos municípios não possuem sistema de gases
canalizados e que 97,7% não possuem tanques de oxigênio. Além disso, 88,5%
disseram que têm necessidade em aumentar o número de cilindros em suas estruturas.
A preocupação com o
oxigênio acontece por conta da pressão sobre os leitos críticos de Covid-19 e o
aumento nos casos da doença. Segundo o Regula RN nesta sexta-feira, mais de 97%
dos leitos críticos do estado estão ocupados. A fila tem mais de 130 pacientes
no aguardo para ocupar um desses leitos. As UPAs em Natal também tem atuado com
superlotação.
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