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* As 11 contradições da "Capitã Cloroquina", segundo Renan Calheiros.

 A equipe de Renan Calheiros (MDB), relator da CPI da Covid, preparou uma lista parcial do que o senador alagoano considera “destaques contraditórios” no depoimento de Mayra Pinheiro.

1) “Tratamento precoce”

Versão de Mayra, segundo Renan: “Utilizado por profissionais médicos de todo o mundo, que oferecem assim que feito o diagnóstico”.

Contraponto de Renan: “Não há qualquer dado a esse respeito, sobretudo após a recomendação da OMS em sentido contrário ao uso de cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina”.

2) “Medicamentos para Covid”

Versão de Mayra, segundo Renan: “Notas orientativas do Ministério da Saúde, números 9 e 17, apenas recomendam”.

Contraponto de Renan: “O documento ‘Plano Manaus’, assinado por Pazuello, diz textualmente que deve incentivar o tratamento precoce. O aplicativo TrateCov, por sua vez, indica expressamente o tratamento. A depoente, em ofício encaminhado à Secretaria de Saúde, considera inadmissível não usar a cloroquina e demais remédios”.

3) “Pesquisas na área de infectologia”

Versão de Mayra, segundo Renan: “Não levou, enquanto secretária, informações ou experiências a respeito de estudos, pesquisas e publicações na área de infectologia”.

Contraponto de Renan: “Ao longo de todo o depoimento, relembra suas experiências, pesquisas e informações”.

4) “Cloroquina”

Versão de Mayra, segundo Renan: “Assevera ser antiviral. Mantém a orientação para uso de cloroquina e hidroxicloroquina”.

Contraponto de Renan: “A cloroquina não é um antiviral nem um anti-inflamatório, e, sim, um antimalárico, utilizado em casos de malária, que é um protozoário, não um vírus. OMS e Conitec recomendam não utilizar os medicamentos, porque inócuos ao tratamento”.

5) “TrateCov”

Versão de Mayra, segundo Renan: “A plataforma foi retirada do ar porque foi hackeada e dados teriam sido irregularmente alterados”.

Contraponto de Renan: “Ela mesma se contradisse e contradisse Pazuello, ao afirmar que a plataforma foi retirada do ar apenas para fins de investigação, sem que tenha havido deturpação (como declarou Pazuello) ou alteração (como ela mesma disse) da plataforma”.

6) “OMS e CONITEC”

Versão de Mayra, segundo Renan: “Levou em consideração os estudos e a declarações a respeito do uso de cloroquinia e hidroxicloroquina”.

Contraponto de Renan: “Usou e recomendou o uso, porque, segundo suas próprias declarações contraditórias, as recomendações da OMS e CONITEC foram baseados em estudos com qualidade metodológica questionáveis”.

7) “População pediátrica”

Versão de Mayra, segundo Renan: “Declara que 37,5% da população pediátrica têm menos chance de contrair a doença. E que todas deveriam ter continuado estudando presencialmente”.

Contraponto de Renan: “Desconsidera que, em todas as escolas, há presença de adultos. E, para piorar, não apresenta percentual de transmissão, de crianças para adultos”.

8) “Isolamento”

Versão de Mayra, segundo Renan: “Afirma que o isolamento causou mais pânico na cidade, atrapalhou a evolução natural da doença e impediu o efeito rebanho de imunização”.

Contraponto de Renan: “Contradisse sua declaração, ao ser perguntada se teria conhecimento, recebido estudo técnico ou análise dessa tese e de seu impacto sobre a saúde pública, afirmando que não recebeu. Também afirmou que tal tese nunca foi cogitada pelo Ministério da Saúde e que desconhece qualquer médico que defendesse igual teoria”.

9) “Comando do Ministério da Saúde”

Versão de Mayra, segundo Renan: “Declarou continuidade dos trabalhos desde a gestão Mandetta”.

Contraponto de Renan: “Contradisse sua declaração ao afirmar que os diferentes ministros adotaram decisões diversas, porque as necessidades quanto à pandemia teriam mudado ao longo do tempo”.

10) “Manaus”

Versão de Mayra, segundo Renan: “Afirma que conhecia previamente a situação e as características do sistema de saúde de Manaus, que já havia experimentado um colapso em abril e maio de 2020”.

Contraponto de Renan: “Há clara contradição quando declara que somente esteve em Manaus entre 3 e 5 de janeiro, quando tomou ciência da realidade ali apresentada. E declara também que só se deslocou a Manaus em 3 de janeiro de 2021, para providências pertinentes, por ordem do ministro Pazuello”.

11) “Oxigênio em Manaus”

Versão de Mayra, segundo Renan: “Seria impossível prever a quantidade de oxigênio a ser usada e a consequente falta do fornecimento”.

Contraponto de Renan: “Contradição com o que afirmou ao Ministério Público Federal: ‘É possível realizar esse cálculo a partir do prognóstico de hospitalizações, pois se estima a quantidade de insumo a partir do número de internados’.”.

Essa é outra programada para mentir.
Antagonista

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