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* "Precisamos da Secom", disse Allan dos Santos a Eduardo Bolsonaro.

No material apreendido pela Polícia Federal na casa do blogueiro Allan dos Santos, foram encontradas anotações, documentos e trocas de mensagens sobre a estratégia de financiamento do Terça Livre, canal bolsonarista dedicado a disseminar fake news.

A PF encontrou entre os papéis, por exemplo, a “indicação de pagamento de gastos pessoais de Allan dos Santos por João Bernardo Barbosa”, sócio da V2V, empresa que firmou contrato de R$ 360 mil com o governo para desenvolver a plataforma do programa Pátria Voluntária, de Michelle Bolsonaro.

A V2V é indicada em anotações como um “parceiro-chave”, assim como as empresas Havan e Véli RH.

Numa troca de mensagens com Eduardo Bolsonaro, obtida no celular apreendido, Allan diz que “Luciano Hang” iria “patrocinar o programa”, e fala do papel do filho 03 para “abrir portas” no governo, entregando ao blogueiro cargos estratégicos, como a Secretaria de Radiodifusão do Ministério das Comunicações. “Temos que tomar essa secretária (sic)”, diz, em conversa com Júlia Zannata (PL), candidata derrotada à Prefeitura de Criciúma em 2020 e hoje acomodada na Embratur.

Em outro trecho, Allan menciona expressamente a Secretaria de Comunicação da Presidência. “Ainda assim, precisamos da Secom para implementar uma ação que desenhamos aqui.”

Há no material também referências a estratégia de campanhas difamatórias contra inimigos do governo, como Rodrigo Maia, e até um grupo de WhatsApp denominado “Hate Cabinet”“Objetivo: materializar a ira popular contra governadores/prefeitos.

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