O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, reforçou nesta quinta-feira 29 a segurança do sistema eleitoral brasileiro, em meio a ataques e acusações infundadas do presidente Jair Bolsonaro. Em cerimônia de inauguração da da nova sede do Tribunal Regional Eleitoral do Acre, Barroso afirmou que “é um consenso” de que a mudança para um sistema com impressão do voto seria “para pior”.
“Em 2014, o partido do candidato derrotado pediu
auditoria do sistema, que foi feita e o próprio candidato reconhece que não
houve fraude. Isso não aconteceu. Nunca se documentou, porque o dia em que se
documentar, o papel da Justiça Eleitoral é imediatamente apurar. Uma fraude
exigira que muita gente no TSE estivesse comprometida.
Ia ser uma conspiração de muita gente. Não há precedente e não há razão para se mexer em um time que está ganhando”, disse o ministro.
Barroso ainda
declarou que na democracia “só não tem lugar para a intolerância, para a
pressão e para a violência ” e que o discurso de “se eu perder, houve
fraude” é de quem “não aceita a democracia”.
“Tudo nesta
vida pode ser feito com respeito e consideração pelo outro. Uma causa que
precise de ódio, de mentira, de desinformação, de agressividade, de grosseria
não pode ser uma causa boa”, prosseguiu.
Para o presidente
do TSE, o sistema eleitoral brasileiro “consagra a democracia, porque uma das
características da democracia é a alternância de poder”. Ele destacou que, em
eleições realizadas com urnas eletrônicas, os brasileiros levaram ao poder
presidentes do PT, do PSDB e do PSL.
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