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* Bolsonaro discursa em tom de ameaça: Judiciário pode “sofrer aquilo que não queremos”.

 O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, na manhã desta terça-feira (7/9), em discurso na Esplanada dos Ministérios durante ato convocado por ele para este 7 de setembro, que o Poder Judiciário “pode sofrer aquilo que não queremos”. Sem citar nomes ou exatamente o que seria feito, afirmou que existe um ministro específico “paralisando a nação”.

“Juramos respeitar a nossa Constituição. O ministro específico do STF perdeu as condições mínimas de continuar dentro daquele tribunal. Não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica continue paralisando a nossa nação. Não podemos aceitar. Ou esse poder [Judiciário] pode sofrer aquilo que nos não queremos. Sabemos o valor de cada poder da República”, falou.

Bolsonaro também afirmou que o Executivo não aceitará mais as medidas impostas pelo por governadores e prefeitos, autorizados pelo Poder Judiciário. “Creio que o momento chegou”, afirmou ele, interrompido por gritos dos apoiadores.

“Alguns governadores e prefeitos simplesmente ignoraram dispositivos funcionais, como os incisos do artigo 5º da Constituição. Muitos foram obrigados a ficar em casa. Perderam o direito de ir e ver, do trabalho e de ir a um templo […]”, falou.

Antes, o presidente sobrevoou Brasília em um helicóptero militar, acompanhado de ministros do governo e de um dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Ele acenou para os manifestantes enquanto a aeronave passava pela Praça dos Três Poderes e pela Esplanada dos Ministérios.

O clima é de tensão na Esplanada, onde apoiadores do presidente entraram durante a madrugada, furando o bloqueio da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Eles chegaram a arrastar grades para invadir o local e armaram barracas, sem passar por nenhum tipo de revista.

Arruaceiro apenas seu moço. 

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