O deputado federal Ricardo Barros (PP) e outras quatro pessoas viraram réus em um processo na Justiça Eleitoral que apura um suposto esquema de pagamento de propinas e lavagem de dinheiro em contratos da Companhia Paranaense de Energia (Copel).
Conforme denunciado
pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), o esquema envolveu a compra de duas
empresas do setor de energia eólica, as duas da Galvão Engenharia, pela
companhia.
Barros se utilizou da
influência que tinha na diretoria da Copel, por ser então secretário estadual
de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul no Paraná, para negociar a
contratação das empresas.
Em troca, segundo a
denúncia, o deputado solicitou e recebeu valores ilícitos de executivos do
grupo Galvão que o haviam procurado. Parte dos pagamentos foi feita em espécie
e outra parte por meio de doações eleitorais. Ele nega as acusações.
A denúncia foi oferecida pelo MP-PR em 13 de outubro e aceita pela 3ª Zona Eleitoral de Curitiba em 17 de novembro. O processo corre sob sigilo.
Além do deputado, também viraram réus
Jean Alberto Luscher Castro, executivo da Galvão Engenharia, Eduardo Queiroz
Galvão, membro do Conselho de Administração da Galvão Engenharia, e os
empresários Delmo Sérgio Vilhena e Élio Alves Pereira.
Jean Alberto Luscher Castro e Eduardo
Queiroz Galvão são delatores no processo.
Veja
por quais crimes cada um foi denunciado:
·
Ricardo Barros: lavagem de dinheiro, tráfico de influência e falsidade ideológica
eleitoral;
·
Jean Alberto Luscher Castro e Eduardo
Queiroz Galvão (delatores): falsidade ideológica
eleitoral;
·
Delmo Sérgio Vilhena e Élio Alves
Pereira: lavagem de dinheiro.
As fraudes, segundo a denúncia,
ocorreram entre o final de 2011 e o ano de 2014.
Barros é líder do governo Bolsonaro
na Câmara dos Deputados e foi ministro da Saúde de 2016 a 2018, durante o
governo Temer.
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