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* Chega a 29 o número de mulheres que acusam juiz de assédio sexual.

 Chega a 29 o número de mulheres que acusam o juiz Marcos Scalercio, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região, de assédio sexual. Os relatos foram feitos pelas redes de atendimento do Me Too Brasil, organização sem fins lucrativos que oferece assistência jurídica gratuita a vítimas de violência sexual.

Dos 29 depoimentos, oito mulheres foram ouvidas pelo Projeto Justiceiras e manifestaram a intenção de abrir denúncia no Conselho Nacional do Ministério Público. Até esta terça-feira (16), segundo o Me Too, apenas três processos tramitam na Justiça.

Scalercio é juiz substituto do TRT da 2ª Região e professor de direito material e processual do trabalho no Damásio Educacional, cursinho preparatório para concursos públicos em São Paulo.

As denúncias recebidas pela organização envolvem acusações de assédio sexual a três mulheres, cometidas entre os anos de 2014 e 2020. O Me Too Brasil encaminhou as denúncias ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em Brasília, após o TRT da 2ª Região afirmar que não há provas suficientes para a abertura do processo.

As denunciantes são advogadas, estagiárias, juízas, bacharéis e servidoras do TRT. Segundo o relato das vítimas, elas foram agarradas e forçadas a beijar Scalercio em espaços privados e públicos. Uma delas o denunciou após ter participado de uma reunião de vídeo em que o juiz estava completamente nu e se masturbando, de acordo com o Me Too.

Em nota, o CNJ informou que os fatos relacionados ao juiz Marcos Scalercio estão sendo apurados sob segredo de Justiça. O pedido de providências é uma apuração preliminar, na qual ocorre a avaliação do fato e das provas existentes para estabelecer se a infração foi cometida ou não. Caso seja comprovada, poderá acarretar um Processo Administrativo Disciplinar. Caso contrário, ocorrerá o arquivamento do procedimento.

Juiz.
R7

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