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* Efeito anti-vacina: Brasil registra primeiro caso de poliomielite após 33 anos.

 O Pará investiga um caso suspeito de poliomielite. Um documento de comunicação de risco do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da Secretaria de Saúde do Pará informa que uma criança de 3 anos com paralisia testou positivo para o poliovírus (SABIN LIKE 3), através da metodologia de isolamento viral em fezes.

De acordo com o levantamento das informações epidemiológicas, a criança, do sexo masculino, residente do município de Santo Antônio do Tauá, apresentou manifestação clínica no dia 21 de agosto.

O menino sentiu febre, dores musculares, mialgia e quadro de Paralisia Flácida Aguda (PFA) com comprometimento e redução motora nos membros inferiores com progressão de 24 horas após receber as vacinas tríplice viral e contra a poliomielite (VIP/VOP).

No dia 12 de setembro de 2022, a responsável pela criança foi até a Unidade Básica de Saúde do município, onde relatou que, a partir do dia 10 de setembro, o menino perdeu a força nos membros inferiores, não conseguindo se manter em pé.

"A Vigilância Epidemiológica municipal, informou que, ao tomar conhecimento, realizou visita domiciliar onde notificou o caso como de PFA e solicitou pesquisa de poliovírus nas fezes. Quanto ao histórico vacinal da criança, foi verificado que estava incompleto e que a criança não recebeu as doses da VIP previamente. Ao analisar a carteira, a criança possuía duas doses de VOP, o que está em desacordo com as normas do Programa Nacional de Imunizações (PNI)", diz o comunicado elaborado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Pará.

A coleta de fezes foi realizada no dia 16 de setembro e encaminhada ao Laboratório de Referência do Instituto Evandro Chagas, onde o resultado foi emitido através do sistema Gerenciador de Amostras Laboratoriais (GAL), nessa terça-feira (4), com laudo positivo para o poliovírus (SABIN LIKE 3).

"Uma equipe da vigilância epidemiológica do estado se deslocou ao município para levantar e qualificar as informações, além de avaliar o quadro clínico da criança. Outras hipóteses diagnósticas não foram descartadas, como Síndrome de Guillain Barré, portanto, o caso segue em investigação", acrescenta a pasta.

Esse caso em investigação vem um dia após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fazer pronunciamento em que alertou sobre o risco de reintrodução da doença no País, diante da baixa cobertura vacinal contra poliomielite no Brasil. 

No Palácio Itamaraty, em Brasília, na quarta-feira (5), Marcelo Queiroga recordou que o último caso confirmado de poliomielite no Brasil foi registrado em 1989 e que a doença foi erradicada nas Américas nos anos 1990.

Assim, o Brasil não detecta casos confirmados de poliomielite desde 1990. No ano de 1994, o País recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem.

Efeito Bolsonaro.
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