Médicos da cooperativa que presta serviço à
prefeitura de Natal paralisaram as atividades em hospitais da cidade nesta
quinta-feira (24). Segundo eles, há atraso nos pagamentos.
A vendedora Renata Gisele levou o filho de sete anos para a
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do conjunto Cidade Satélite, na Zona Sul de
Natal. A criança está há três dias com febre, garganta doendo e dor de barriga.
Depois de esperar mais de duas horas, ela foi informada que o filho não seria
atendido.
"Ele não conseguiu ser atendido, porque a menina disse que
é só se tiver morrendo, nesses termos. Ela falou que hoje não tem como porque estavam
em greve", afirmou.
A comerciante Ana Cristine também não sabia se conseguiria ser
atendida na unidade. Depois se aguardar mais de duas horas, ela resolveu fazer
um protesto nas redes sociais.
"A gente chega aqui para ser atendido, faz um tempão que
estou aqui, e não tem médico. É um absurdo", considerou.
De acordo com a Cooperativa de Médicos do Rio Grande do Norte,
os profissionais paralisaram as atividades por causa de um atraso de três meses
nos pagamentos. Ainda segundo a Coopmed, a Secretaria Municipal de Saúde foi
notificada quanto ao atraso.
A Coopmed informou que, durante a paralisação, os serviços de
alta e média complexidade seguem funcionando para pacientes internados e
cirurgias de urgência. Os ambulatórios fecharam e as UPAs e porta de urgências
funcionam com 30% da capacidade. Maternidades e o Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (Samu) mantêm o pleno funcionamento.
A Inter TV Cabugi procurou a Secretaria Municipal de Saúde de
Natal, mas não recebeu retorno sobre o assunto até a última atualização desta
matéria. g1
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon